terça-feira, 16 de agosto de 2011

Negação da morte



Da janela passou mil crianças,
 Espetáculos cheios de esperança.
Tratos feitos, conversa ativa, 
Fez-me querer quanto odiar!
Da janela conheci, ela
Achava a chave de um mapa,
Alegre... Não via saída!                                                               
Passa na boca do bueiro,
Pela casa do presidente,
Pela sarjeta ela Escorre...
Volta para á janela! 
Passou por cataratas,
Participou da pororoca.
Baixava lenta. A noite vinha.
Basta talvez a cova enorme!
Ir embora, porque motiva 
Triste pranto vê dor caída!
Volta para á janela!
Ela não ouviu a palavra,                                       
Não reduziu a em sua essência.
Se você não podia me ver,
Que lance luz sobre a cegueira,
E que descubra as cordilheiras!
Volta para á janela!
Do campanário, ao sol incerto
De olhos eternamente abertos!
Ir e vir pelo branco e preto,
Nos espelhos de cada lado!
Deixai-me aqui, livre e sozinha,
Como se atrás do mundo houvesse
Uns alarmados moradores,
Deixa-me, em minha janela!


autora: Oliveira, Karen

Nenhum comentário:

Postar um comentário